segunda-feira, 27 de abril de 2009

Só com ginga brasileira pra aguentar a rotina californiana

Eu saí de Irvine às 8:00 am, vestida à carater e preparada para uma aula de CAPOFLEX, acreditando que estaria em Marina del Rey, às 10. Doce engano. Afora o tráfego na freeway que naquele horário já é um inferno, ainda tive que "descer" à Aliso Viejo para deixar meu marido no trabalho e parar em Costa Mesa para pegar dinheiro no Banco. Resultado: dirigi, dirigi, dirigi, e o lugar não chegava nunca, até que meu entrevistado me ligou, com a aquele sotaque que só baiano tem: " Aryhdadhka (eles nunca sabem pronunciar meu nome, nem mesmo um conterrâneo), tá onde? Vixi, mas tá longe ainda...Veja só, vamos remarcar então para as 10:30 horas, então."

"Sem problema, fonte!" óbvio que não respondi assim, mas pensei. Lá fui eu dirigindo, dirigindo, até que entrei numa "exit", fui entrando, entrando... e mal pudia acreditar.. estava mesmo na California! Finalmente, encontrei um lugar com aquela cara do "Garota eu fui pra california, viver a vida sobre as ondas, vou ser artista de cinema, o meu destino é ser star". Nossa, Marina Del Rey é lindíssima! cheia de gringos com cara de americanos e não de mexicanos, como os daqui de Orange County! Nada de xenofobismo, mas é que por aqui, às vezes me sinto no México.
Pois bem. Finalmente cheguei ao local combinado e Eric Marinho já estava na porta do condominio me esperando. Nos apresentamos. Claro, ele achou que eu fosse baiana. Mas, não podiamos perder tempo porque ainda íriamos para outro lugar, onde ele daria aula de Capoflex, a pauta da minha matéria. Lá fomos nós. Ele no carro dele, e eu no meu seguindo o dele, abismada com a beleza daquele lugar que - diga-se de passagem devia estar mais bonita sob o calor de 40 graus na primavera.
Dirigi, Dirigi Dirigi,! juro, pelo menos mais 30 minutos até chegarmos a Malibu! Deus do Céu, Malibu! A terra das celebridades hollywoodianas, um balneário que não tenho palavras para descrever o quão bonito é. Ufa. Fomos parar no topo de uma montanha em Malibu, de frente para o pacífico. Era a super-casa de Suheila Mouammar , uma linda mulher, brasileira também, especial. O Eric dá aula de capoflex para um grupo de mulheres na sala de ginástica dessa casa- detalhe que a sala era de frente pro pacífico também.

A aula foi bem divertida, mas eu confesso que a ginga da capoeira vai de encontro com o meu background de bailarina clássica. Me senti presa aos meus ombros estáticos. Senti que precisava ser mais informal, coisa que bailarina não é. Portanto, o início foi um pouco difícil. Mas com o decorrer da aula, fui me adaptando e consegui aproveitar e me divertir. Mérito ao professor Eric Monteiro, que apesar de eu estar ali, experimentando a pauta da minha matéria, me ajudou bastante a coordenar e sincronizar melhor meus movimentos.

O Eric é um jovem baiano lutador que tem uma estória linda de sucesso nos EUA.
O resultado dessa entrevistada sairá na edição de maio da revista. Logo depois disso eu a publicarei aqui.
Estou muito feliz.

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